"Então se arrisque mais,viva o que tem que viver,deixe o sol entrar e sorrir pra você"
Um Novo Eu

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

E o que é real?

Preciso de um lugar seguro pra ir
Com alguém que me ponha pra dormir
Naqueles dias que a gente sente
Que ninguém nos entende
E não querem nem saber

Cada um tem o seu lugar eu sei
Mas parece que eu ainda não me encontrei
Brincar de ser criança
Só mais uma vez

É certo que o tempo vem
E as incertezas com ele também
Parece tudo fora do lugar
Sua imaginação parece ser melhor
Do que sua vida real.
E o que é real?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

UmNovoEu

Um Post para a minha banda...




"Agora eu sei
Que tudo o que passei
Me fez crescer
Como eu não pude ver
Pessoas que se vão
Mas não saem do seu coração
Palavras que voce não diz
Ah, como eu me arrependi..."
UmNovoEu

sábado, 15 de outubro de 2011


Não, eu não gosto da Mona Lisa, não gosto do ar dela, da confusão dela, da falta de presença dela no quadro(por mais que o quadro seja ela), não gosto da pintura, me desculpe O Mestre o Leonard da Vinci. Mas eu não gosto e não consigo gostar.
Mas o fato é que coloquei ela pra ser a imagem do meu novo post...
Talvez entendam porque.

Quando o choro chega ele avisa, o sorriso não.
Ambos são involuntários, ambos podem ser falsos,
Mas o sorriso não se pode esconder.
O choro sim.
O sorriso cansa a boca, e os olhos
O choro limpa os olhos
Mas cansa a alma.
O sorriso é compartilhado
Ele encanta
O choro...
Quem chora prefere chorar escondido
É feio.
Pois ninguém se encanta com olhos vermelhos.

terça-feira, 21 de junho de 2011


Não é nada.
...Mas é que tudo parece estar tão distante ás vezes.
Em questões de segundos aquela sensação maravilhosa de pura segurança se transforma numa sombra de incerteza.
Enquanto todos estão tomando um rumo de verdade, eu ainda estou tentando inventar um caminho, ainda estou perdida,tentando achar alguma brecha no passado pra poder me reinventar.
Ainda estou vivendo mais no meu mundo dentro, nos meus sonhos, do que pensando num futuro de verdade, sabe...Aquele que meu pai sempre me cobra.
Encontrando sempre conforto num ser inanimado(pelo menos para algumas pessoas) do que em outro alguém.Enquanto a isso não me importo.
que ponto se chega.
Escondendo o meu vicio de mim mesmo.
É estranho olhar de novo e que tudo continua ainda tão mal resolvido...Mal entendido.
Mal vivido talvez.

sábado, 4 de junho de 2011


Junho mais uma vez chegou.Não da maneira esperada, mas chegou.
Trouxe com ele a tristeza dos filhos que perderam o seu pai.
Choro de uma família inteira após perder mais que um irmão, um amigo.
Saudades de pessoas que além de uma amigo perderam um irmão.
Mal começou, e já parece ter trago tanta solidão.
Em pensar que em alguns dias atrás, eu reclamava por já estar fazendo 20 anos em Junho,o mesmo hoje, me deu uma lição.
Tudo que eu sinceramente desejo é o olhar de Deus e o conforto sobre a família que ficou.
Que aos poucos as lágrimas possam dar lugar a belos sorrisos
Que a tristeza ceda lugar a alegria
E que sem muito esforço a esperança possa novamente fazer morada em seus corações.

Dedicado a Dirceu Costa(1964-2011)
Amigo dos meus pais,Pai dos meus amigos.


sábado, 21 de maio de 2011

Mais um sem título.


Mais um dia acordou
A estação já estava cheia,mais um dia faria sua viagem em pé no trem
O sol ainda estava tímido,o escuro ainda era presente

Mais um dia,um trabalho novo,mas apenas mais um deles
Diferente do que vivia ,seus sonhos eram reais
Mais desejados,mais intensos,mais bem elaborados
Do que a própria realidade

Mas todo dia que acordava precisava olhar se no espelho e se dá conta
Do que era realidade

Nas viagens de volta
Enquanto cabeças caiam e olhos dos desconhecidos ao seu lado se fechavam
Fazia de tudo para manter os seus abertos
A diferença é que mesmo com eles abertos
Os mantinham fechado
Por muito tempo

A pergunta?
Era por quanto tempo se fez inconsciente
Tentando ser a mais descente
A mais crente, até mesmo consciente
De tudo a sua volta
Se perguntando sobre o que ainda não desmoronou.

sábado, 23 de abril de 2011

Não é preciso ler isso!


Sinceramente
?

Desisto de tentar entender alguma façanha humana ligada ao sentimento.
Desisto de tentar me entender e entender meus vizinhos.
É verdade que pessoas tem me cansado ultimamente,não sei se essa é a frase certa a se usar,mas é a que me cabe hoje.Talvez (certamente) amanhã não.
Quando eu penso que está tudo bem,aparece frases ditas pelas os seres que você mais ama e você vê que está tudo na mesma ainda.
Tentar entender a vida é um saco.Perda de tempo.E não que eu não soubesse disso.
Sabe quando você sabe e sente que está no caminho certo, mas do nada você se vê de frente para duvidas e pensa superficialmente que está tudo errado de novo?Essa duvida filha da P* faz desmoronar toda a sua certeza.
Pessoas e suas teorias,suas certezas absurdamente incertas,suas cabeças duras e seus sentimentos alterados.
Pessoas e suas manias de usar uma piada só para não soar como verdade, mas que soa mesmo assim.Suas manias de fazer você parecer para si mesmo uma pessoa chata,perversa e chata(merece essa palavra de novo).Mania de aprisionar,dedurar,apontar,julgar e cobrar!
E o pior de tudo com a sua mania de sempre falar que não fez por mau.Eu sei que não.Ninguém é tão mau para fazer nada por mau.Mas não deixam de ser "pessoas" e pra mim hoje,pessoas já nascem más(a questão é que umas além de serem,fazem o mau).
Na verdade já me perdi nos meus pensamentos.E não quero mais escrever............

quarta-feira, 23 de março de 2011

'Sem título'


O passado chegou
Veio pelas fotos
Vídeos
Musicas
Recordações bem guardadas
Escritas
Cantadas
Sorrisos lembrados
Imitados
Por muitas vezes escondidos
Mas sempre mantidos

Aquela adolescencia
Passou
Noites não dormidas
Farras
Lembranças de um dia qualquer
Passado com aqueles que hoje já não fazem mais tanta presença como antes
Mas ainda são mantidos bem no fundo da alma

Palavras gritadas
Mas na verdade nunca pronunciadas
Saudade
Verdade que a saudade
Ainda mexe com o interior
De quem nunca desapegou
Ao passado que um dia tanto amou.

Carol.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dias memoráveis.

Adicionar imagemHoje (se as minhas contas estiverem certas) estou vivendo o meu 7.175 º dia.(E eu nem sei como se diz o Ordinal disso).
Parece ser bastante, pelo menos pra mim...
Eu não lembro de como todos esses dias foram exatamente.
Uns marcam,outros apenas passam,outros acidentalmente passam...
A maioria deles passam por despercebido.
São poucos aqueles que realmente me deixaram eternas memórias comparando a todos os dias que eu já vivi.
É engraçado e me deixa com raiva de como dias especiais passam rápido,e a gente só percebe que ele realmente foi especial quando ele já passou,pelo menos eu só percebo que ele foi realmente um dia memorável quando estou na cama relembrando de momentos especiais...
Não temos o poder de descobrir se o dia que virá será mais um daqueles Grandes Dias.
Uma das palavras que mais mexe comigo é a "Amanhã".
Minha mãe diz que desde pequena eu infernizo ela com a seguinte perguntinha:" O que iremos fazer amanhã?"
Eu sempre me ocupei fazendo planos para o dia seguinte,mesmo sabendo que eu não tenho o controle absoluto dele.
É uma pena,mas é assim que funciona.Eles apenas vêem e só podemos concluir se foi bom ou não quando eles passam.

Ps:Talvez a foto não tenha nada haver com o post ,mas eu não achei a oportunidade.

Carol.

terça-feira, 1 de março de 2011

E o prêmio vai para..


Bom,o Oscar me trouxe inspiração para escrever um pouco sobre uma coisa que todos nós almejamos: Reconhecimento.
Se você prepara um prato delicioso e diferente, espera que alguém te elogio por isso,da mesma forma se você escolhe algo impecável para se vestir.
É lógico que ganhar um Oscar é uma coisa gigantestica .
Fico imaginando o que passa na cabeça dos premiados enquanto eles procuram palavras para fazer um discurso perfeito(Que nunca realmente encontram) e seguram a estátuazinha com as mãos tremendo ,deve passar por suas cabeças todas as dificuldades que tiveram para subir até aquele palco,para chegar até aquela magnifica noite.
Porque para muitos que alcançaram o sucesso eu tenho certeza que a palavra "fácil" passou longe por um bom tempo.
No meu pequeno senso de vida eu creio que todo ser-humano procura ser reconhecido,e creio também que ser reconhecido é diferente de ser conhecido,até porque qualquer pessoa pode se tornar banalmente conhecida ,mas reconhecido apenas aqueles que criam algo novo,que fazem o que amam e mostram isso.
O reconhecimento é o combustível que move o artista.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Solitude



Eu sei
Mas não vale mesmo a pena você ficar presa a esse quarto escuro
Eu sei
Mas tente se levantar
Eu sei
Mas pelo menos olhe pela a janela
A Lua está tão bonita para deixar de ser apreciada
Eu sei
Mas não deixe que seu sorriso morra para sempre
Eu sei
Que voce precisa pensar e que precisa desse tempo
Mas não deixe que a solitude dure tanto tempo assim.



Carol.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ela tinha um sonho.Ela tem um sonho.
Ela faz de tudo por ele e não se sem realiza lo.
Mas sempre que ela faz alguma coisa pra mudar a condição de não fazer nada ela se machuca
Tudo se torna cada vez mais difícil,mais distante
Suas tentativas só abrem feridas em seu coração
Já pediu a Deus para tirar essa ideia de seu coração se não valesse a pena
Mas Ele ainda diz para ela continuar
Dentro de seu coração acende sempre uma luz quando ela pensa em como será quando ela vencer
Um sorriso sempre aparece,mesmo sem querer.
Fazendo que as lágrimas inúteis que foram derramadas sejam apenas lágrimas
Fazendo com que todos os empecilhos sejam apenas para torná lo mais desejado.

Carol.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ode aos 40 º


Acordei ás 9 e alguma coisa da manhã.
Não que eu já estivesse sem sono, mas estava quente demais para continuar na cama.
A água quente que saia da torneira bateu em meu rosto e eu fiz uma careta involuntariamente.

É época de férias,imagina se não fosse?Quem aguentaria estudar o verão inteiro?Pobre trabalhadores,que trabalham nessa época.
Não dá simplesmente vontade de fazer coisa alguma,até ficar deitada no sofá é sufocante.Mas os berros da minha mãe mandando eu fazer alguma coisa bastava para eu levantar daquele sofá quente.
Pra piorar,é horário de verão.Que não ajuda a hora passar.

Muito mais Sol e menos Lua.

Sinceramente, não vejo graça nisso.
É claro que o verão também tem a sua parte boa,ou seja, quando você está numa piscina ou numa praia,tomando sorvete ou afins.

Mas cadê a poesia disso?Cadê o sol que vem pra te esquentar do frio?

Carol.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A real realidade


Creio eu que conforme a idade vai se avançando os nossos olhos para o mundo real vai se abrindo.
A realidade vai ficando mais "real",mais clara, e mais odiosa como nunca.
Quando eu era criança lembro que tudo o que eu queria eram brinquedos e perturbar meus pais chorando pra lá e pra cá.Eu estava muito contente com qualquer brinquedo barato que fosse novo,e eu estava realmente triste se eu não ganhasse aquele brinquedo que todas crianças tinham.Ganhar roupas intimas e roupas comuns nos meus aniversários, era o fim.
Conforme eu fui crescendo ,as circunstâncias foram mostrando as dificuldades e as chatices do mundo real.
Quando a gente entra na adolescência ,fica toda aquele pequena tristezinha e saudade de quando éramos criança(é claro que tem aqueles que já nascem querendo ser adolescente ...)
Depois quando a gente passa dos 18 anos fica aquela grande saudade inacabável da adolescência.
Me passa toda aquela doce nostalgia quando eu pego uma foto de mim e de mais duas amigonas no auge dos meus 16 anos *-* (Lá vai eu de novo falando da minha inconformada entrada na juventude).
Mas eu não estou aqui pra contar mais uma vez de como eu sinto saudade de uns 3 anos atrás,mas sim como a realidade é mais pesada e difícil de se lidar a cada ano que se passa.
Quando eu era criança eu achava que pra fazer qualquer curso, era só querer, e agora eu vejo que além de querer você tem que ter...ter bastante dinheiro para investir.
Achava também que todos os meus amigos durariam para o resto da minha vida.
Eu pensava que tanta coisa era tão fácil,mas só percebi que não era quando o tempo e a própria vida foram desembaçando os meus olhos.
É tanta coisa que a gente absolve vendo os noticiários, tanta noticia ruim que a gente só se liga quando vai ficando mais velho.Nem lembro que ficava preocupada com as noticias ruins nos jornais quando era mais nova.
Eu ainda tenho muita realidade para descobrir, ainda tem muita coisa que possa me derrubar,ainda tem muita coisa pra estudar, pra conhecer,pra contar.Muita coisa pra desafiar,pra se levantar, pra se dizer bem alto "Não desisto não!".
Por mais que já achamos que que sabemos o que realmente é,estamos errados.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Esperança sob escombros





Eu tenho certeza de que você nesses últimos dias já sentou no sofá e assistiu as tristes cenas nos noticiários.
Os carros amassados aparecem incrivelmente em cima dos muros e a vegetação desce morro a baixo invadindo ruas e construções.
O que antes era uma rua asfaltada virou uma espécie de rio com correntezas assustadoras.

Corpos cobertos com sacos pretos no meio de algum lugar que improvisaram para reconhecimento dos mesmos.
Os números de mortos crescem a cada hora.
Os jornalistas tentam vencer o choro.Tentam ser durões o máximo que podem ao entrevistar alguém consumido pela a dor.
Os nossos verdadeiros heróis,chamados de bombeiros,com a ajuda de moradores solidários acabam sendo vitimas e encerram suas vidas tentando resgatar outras.
Por apenas alguns minutos de reportagens podemos ver dor o suficiente por um dia,ver o choro de quem chora por alguém que nunca vai voltar.
Ainda com tanta tristeza a gente ainda tem motivo para se alegrar ao ver as cenas em que moradores resgatam seus vizinhos,em que um menino lindo de 6 meses é passado de mão em mão depois de ser resgatados de baixo de escombros com o seu pai.

Dedico este espaço em meu blog a todos que foram vitimas diretas(aqueles que perderam parentes,amigos ou qualquer outro bem material e moradores da região) ou indiretamente (aqueles que se comoveram com as noticias)dessa catástrofe na bela região serrana do Rio.

Mesmo que pareça impossível, mas que a esperança possa voltar a existir dentro de vocês.
Que Deus olhe para todos.

Com carinho,Carol.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Apenas uma parte



(...)

-É incrível não é?-Camila perguntou fazendo menção ao incrível vale, a grande extensão de terra, e vastas plantações de pinheiros que estava a nossa frente. Parecia um quadro. Mas era de verdade.

-Que sortuda você é!Morar numa casa que tem essa visão. -Caio disse.

-É lindo. -Eu pronunciei baixinho e devagar.

-Eu sempre venho aqui, desde pequena, sempre me faz sentir tão bem. É tudo tão pequeno daqui, mesmo você sabendo que tudo isso, são vários e vários metros maiores do que você. Eu me sinto grande. Logo, os meus problemas ficavam pequenos. Pra vocês seria estranho eu dizer que eu consigo sentir Deus especialmente aqui?

-Não seria estranho nem um pouco!-Eu disse sorrindo.

-Aqui é onde eu me encontro, onde eu me recupero.

-Muito obrigado por nos mostrar. -Caio agradeceu.

-De nada. Eu não queria simplesmente dizer “adeus” ou “um dia venham nos visitar”... Ou qualquer outra frase de despedida. Antes eu tinha que fazer vocês acreditarem que vocês realmente foram especiais para mim.

-A gente que agradece nunca uma pessoa que não me conhece foi tão boa pra mim. -Caio disse abraçando ela.

Eles ficaram olhando pra mim, esperando o meu abraço também, mas eu nem olhei para eles, não fazia questão de ver a cena, não queria me despedir. Fixei meus olhos no vale. A brisa fria me arrepiava,eu queria tanto o meu casaco agora.

-Duda!O que houve?-Camila disse cutucando o meu braço.

-Nada, eu acho melhor voltarmos. Você não pode se atrasar para a sua Lua de Mel. -Eu menti. A verdade é que eu não queria sair dali, eu queria poder parar aquele momento, queria abraçá-la também, mas não era forte o suficiente para fazer isso sem chorar, eu é que não queria dizer adeus, ou ficar na incerteza se um dia realmente nós iríamos nos ver de novo.

-Tudo bem. -Ela disse colocando a sua sandália e se levantando juntamente com o Caio. Ambos desconfiados do meu não sentimentalismo.

Alguns segundos, alguns passos e lá estava o agora marido de Camila e o meu tio conversando no mesmo lugar que nós os deixamos,esperando por nós.

-Está tudo bem?-Gustavo disse pegando a mão de Camila.

Ela balançou a cabeça dizendo que estava. Ela olhou para mim e eu desviei o olhar.

-Onde vocês vão passar a Lua de Mel?-Tio Marcos perguntou.

-Surpresa!-Gustavo disse rindo.

-Isso não é justo!Eu tenho que saber. -Ela deu um soco no braço dele.

-Vocês vão acabar se atrasando!-Dona Leia disse perto do carro, que levaria eles para o aeroporto.

-Bom, foi um imenso prazer!Fiquem com Deus guris - Gustavo se despediu de nós passando a mão em nossas cabeças, bagunçando o cabelo do Caio e apertou a mão do meu tio.

-Mais uma vez muito obrigada!E tenham uma ótima Lua de Mel. -Tio Marcos os desejava.

-Até logo. Boa viagem. -Caio disse.

Eu tentava não encarar o fato que eles estavam indo embora encarando as cadeiras brancas vazias no quintal. Eu tentava segurar o choro.

Os dois começaram a andar. Eu fechei os meus olhos.

-Hey!Mas que menina mal educada. Não vai mesmo se despedir de mim?Não vai nem me desejar uma boa Lua de Mel?Eu não mereço nenhum abraço?-Camila voltou para me fazer as perguntas que para todas elas eu queria dizer não. Mas eu estava mentindo para mim mesma. Definitivamente eu não era mal educada, eu só não sabia me despedir. Eu fiquei parada, e logo, logo as lágrimas me traíram. Eu estava chorando.

(...)

Mais?Baixe o livro(no qual eu escrevi) "Uma Nova Estrada".

Carol.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um Rico Garoto




O garoto arriscava seu inglês tentando vender seus quadros para turistas no calçadão de São Conrado(RJ).
Era um dia quente ,os turistas procuravam desesperadamente por água nos quiosques.Céu azul refletia na água, deixando o mar numa cor linda azulada.Uma linda vista contemplava também quem se arriscava nas asas deltas em cima de nós.

-Excuse me, would you like...
O garoto me confundiu com turistas ao vir me vender os quadros.

-Não sou turista não.-Eu disse rindo para ele, tentando ser simpática, retribuindo a mesma voz que ele me abordou.-To só treinando para ser guia.

Dali surgiu um dos melhores papos da semana.Ele se sentou ao meu lado no banco de concreto de frente para o mar, me mostrou os quadros simpáticos com favelas pintadas nele,onde o garoto morava.
Ele era impressionante,sua maneira de falar, sua simplicidade...Falava inglês (me fez ficar envergonhada pelo o seu sotaque ser melhor que o meu)e arriscava mais 3 línguas.Me disse que tinha conseguido uma bolsa para estudar em uma das melhores escolas de idiomas.Que apenas nas férias e finais de semana vinha para a praia vender os quadros pintados pelo o seu pai, para não atrapalhar seus estudos.Cheio de sonhos e força de vontade,ele estava me provava que as pessoas conseguem ser aquilo que elas querem ser.
Me encheu de alegria quando ele disse que o que ele queria ser quando crescer era Guia de Turismo.E é claro que ele será.
No auge dos seus 12 anos, bem mais sabido que eu com os meus 19.
Nos despedimos com um aperto de mão e ele me dizendo "Espero te ver novamente por aqui.Boa sorte!"

Oro por aquele garoto,para que Deus dê forças para nunca desistir de seus sonhos.Oro pela a favela da rocinha, para que assim como aquele menino outras crianças venham a seguir seu exemplo, ter seus sonhos de verdade, estudar, se esforçar para chegarem onde querem chegar,e nunca se corromperem com crimes ou drogas.
Se todas as crianças fossem como aquele garoto tenho uma "certa certeza" que daqui a uns 20 anos o mundo seria um lugar agradável para se viver.

Carol.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Apenas palavras

E eu aqui ,com os pensamentos transbordando ,mas não sabendo ao certo sobre o que eu iria escrever no primeiro dia do ano,ai eu me dei conta que já era tarde demais, afinal já tinha passado da meia noite,logo eu escrevo no segundo dia do ano.
Pensei em despejar toda a minha ansiedade descontrolada nesse texto,mas não deu certo,meus dentes ainda involuntariamente procuram meus lábios inferiores ,o que me resultará numa ferida.
Whatever.
Eu tento.Eu tento me dizer "No final,tudo vai dar certo" ou "Relaxa e deixa tudo acontecer naturalmente".
Eu tento me convencer disso e até consigo,acredito nessas frases,mas elas ainda não salvam as minhas unhas.
Eu queria escrever sobre tantas coisas hoje,queria contar de como foi o dia,o primeiro dia do ano.Queria contar dos vários sentimentos antagónicos que me percorreram,queria contar sobre o ensaio da banda,o nosso primeiro ensaio do ano.Sobre as gargalhadas com os meus primos,sobre os breve momento de lembranças passadas antes dos fogos anunciarem a chegada de mais um ano.
Mas não consigo detalhar momento algum,não com palavras,não hoje.
A tal da ansiedade bate,e não me deixa inspirada.
Não quero viver com ela,não preciso.

Carol.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Mais 365


"Daylight is coming to break the dawn" Remedy drive

Desejo que a luz do dia venha para quebrar as nossas madrugadas mais sombrias.
Que as nossas promessas não se quebrem,mas que se realizem.
Que os nossos dias não venham ser todos os mesmos,mas diferentes daquele que se passou.
Que a mais pura sinceridade nos invada.
Que a gente possa tirar um tempo para tomar banho de chuva.
Que a gente passe uma noite observando a lua ao lado de uma pessoa que a gente goste de verdade.
Desejo que o nosso dinheiro não venha faltar,nunca.
Que posamos nos olhar no espelho e ver um brilho diferente no nosso olhar.
Que possamos sorrir escandalosamente por uma piada sem graça que o nosso melhor amigo vai nos contar.
Que a gente possa chorar,mas que o choro nunca dure mais que uma noite.
E que a alegria possa transbordar quando acordamos.
Que os nossos medos possam ser superados.
Que possamos fazer coisas que a gente sabe que podemos mas por qualquer outra coisa não conseguimos fazer.
Que possamos amar, errar, concertar,sonhar,cantar,gritar,chorar,sorrir,ler,ouvir,ficar a toa,trabalhar,estudar,conhecer,se ajuntar,viajar,escrever,fazer arte,orar,pular,apreciar.
Que possamos viver,viver sem noção.
Que possamos deixar a fé transbordar em nossos corações.

Feliz mais um ano para você.

Carol.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Traidores de nós mesmos.


Cheguei a uma conclusão.
Ninguém nos trai mais do que nós mesmos.
O sono nos faz perder a hora quando mais precisamos acordar cedo.
As lágrimas são derramadas, mesmo quando fazemos de tudo para segurá las.
A ansiedade toma conta ,mesmo quando tentamos nos distrair com qualquer pensamento ou filme bobo.
A paixão vem a tona mesmo quando sabemos que seremos esmagados mais adiante.
O nosso coração(bobinho como sempre) sempre cai nas mesmas armadilhas.
E ás vezes mentimos para nós mesmos dizendo que ..."Ah,fulano me traiu." ou "não esperava isso dele."
Mas a verdade(pelo menos pra mim) é que nós não fomos alvo da maldade alheia, fomos alvo de nós mesmos que acreditamos sempre na bondade do ser humano, nunca paramos para ver a verdade nua e crua, como ela tem que ser realmente vista.
Não existe maior vilão do que as nossa visão embaçada da vida.

(Ah, e se você por acaso gosta desse blog e está procurando algum livro para ler,baixe o meu 'Uma Nova Estrada' que está no link do lado direito---->,e depois faça a sua crítica.)
Carol.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pura euforia

Ela estava deitada em sua cama, e em sua mente transbordava recordações de dois anos atrás.



Era duas horas da manhã e ela estava sentada no chão de seu quarto, encostada na sua cama e enrolada em um cobertor,com o telefone grudado no ouvido.
Ele do outro lado da linha, a fazia falsas confissões de amor.Ela acreditava,chorava,havia esperado tanto por esse dia,por essas palavras,seu coração pulava de temor e alegria.
-Está chorando?-Ele a pergunta.

-Não!-Ela nunca admitiria.
Sua voz.no telefone,tremia,conforme mais ele a iludia.
Faziam planos, ela o falava tudo o que um dia desejou, era verdade, aquele momento era verdadeiro para ambos.Assim ela achava.
-Eu te amo- Ele a dizia premeturamente.
Ela o retribuia, mas não tinha coragem de fazer com que a frase saisse tão facilmente de sua bouca, apesar da frase ser verdadeira.
Assim a madrugada passou,mais um dia se levantou.

Percebeu que foi só um sonho, real,mas ela preferia acreditar que foi só um sonho.
Ele percebeu que nada mais queria,que era pura euforia.

Carol.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Selo de Qualidade *-*

Olá pessoal.
Estou muito contente e agradecida pelo o reconhecimento de ter ganho esse selo da Mayara do blog Sem freios.







Ah! E o selo veio com algumas regrinhas:
*Indicar 10 blogs para receber o selo ( e avisá los)
*Falar 10 coisas sobre você


E os escolhidos vão para....

Bate Coração
São as Coisas da Vida
Nem tão incerta,nem nada.
A place for my thoughts...
5 ºA garota do blog
Palavras fast food
Para ser sincera
Desisto ,tentei entender
Devaneio
e finalmente o 10º vai para o blog Escrevo o que meu inconsciente grita


10 coisas sobre mim...

1 Ansiosa pra caramba
2 Não viveria sem música
3 Sou a garota que mais ama a banda que tem.(Graças á vocês que compartilham o mesmo sonho comigo UmNovoEu )
4 Amo chocolate , sorvete e açai da MegaMate
5 Odeio dias quentes e sem nada para fazer
6 Amo família,amigos e primos
7 Amo ter que usar casaco
8 Não seria nada sem Deus
9 Já viu centenas de vezes o filme Across the Universe
10 Apesar de tudo e mesmo que ás vezes eu diga que não, mas eu não consigo desistir dessa absurda raça humana que nós somos.


E é isso ai.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

(In)Feliz natal?

Dia 1º de Dezembro,agora sim ,mas um ano chegou oficialmente ao seu fim,as contradições hão de começar,a figura de um natal com neve,pelo menos aqui é um forno.As mentiras que as pobres crianças são obrigadas a acreditar.Agora a lembrança mais importante que deve ser o nascimento de Cristo é trocada por presentes,pelo o verde e o vermelho,pelos os pinheiros iluminados,por um velho gordo e barbudo que ilude as crianças de todo o mundo(tudo bem, eu me incluo).
Agora as propagandas(elas tem começado cada vez mais cedo) vão mostrar famílias felizes,casais se amando, velhinhos fofinhos com seus netinhos,e a gente acha tudo muito bonitinho.Eles não estão preocupados em pregar o verdadeiro amor,nessa época ainda há pessoas que só se preocupam com o seu "eu" capitalista,induzindo eu e você a comprarmos mais e mais .
Se eu odeio o natal?
Como eu poderia odiar o aniversário do meu Herói?E também concordo que as pessoas festejam e curtam uma com as outras esse dia,até mesmo eu curto junto(apesar de uma certa melancolia que me dá por estarmos no final do ano).Mas a parte que me faz me sentir mal com essa data é quando eu me pergunto se todos os abraços e desejos me feitos são verdadeiros.
Então o que é na real o natal para você?

Carol.

(Gostou desse?Clique aqui e visite também o blog do meu amigo rafael)

domingo, 28 de novembro de 2010

"Explain to me this conspiracy against me
And tell me how I've lost my power"PARAMORE

Quando eu ouvia essa musica,eu não entendia sobre o que ela queria falar.Mas hoje eu entendo.
Ela fala sobre dias que tudo dá errado.Você arranja uma briguinha com qualquer pessoa(incluindo melhores amigos),os seus planos falham,por algum motivo,você que alguma parte da sua vida que era estável,vira agora um ponto de interrogação,parece mesmo até que andam conspirando contra você.Assim acontece comigo,mas talvez com você também.
Enquanto numa semana tudo parece dar certo,na outra quando não dá errado aparece umas novidades não bem vindas.E ai depois de tudo se acumular,até o simples sumiço de um óculos parece ter sido de propósito.É como uma onda que se forma do nada,no mar mais calmo.
O pior de tudo é que ninguém te explica o porque desses dias e nem vão te ajudar a sair deles(mesmo que queiram).Se você achava que tinha algum poder sobre alguma coisa,hoje,não mais.Em dias assim você se sente só mais um grãozinho de sal no meio do oceano.Ninguém parece te ver.

Carol.

sábado, 20 de novembro de 2010

Novembro


O sol perdeu o seu brilho
Nuvens cinzas e densas o cobre
Mas o céu continua claro
É claro
É fim de tarde
É Novembro
Diferente dos outros dias chuvosos
Esse era um lindo dia
Não que dias chuvosos não tenham sua beleza e alegria
Mas esse sol, diferente dos outros
Se põe de uma maneira diferente
Não triste
Não feliz
Diferente
Sem um adjetivo definido
Eu o olho da janela do meu quarto
Ele se despede
Se esconde
Leva contigo o seu mistério
Eu aguardo a noite
Não ansiosa
Nem espero tanto dela
É noite de sábado
É sábado à noite!
Mais uma noite
Noite de lua cheia aliás
Como ela está linda
Mas como sempre eu a acho pequena
Beleza de lua é diferente
A gente não entende
Ela se despede
O sol nasce de novo
Timidamente
O céu ainda nublado

Mas promete...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pontes vazias


Alguns dias parecem servir apenas como uma ponte.
Uma ponte vazia,posta entre o acordar e o adormecer.
Ultimamente passo por elas vividamente,mas não hoje.
Consigo ver uma folha de papel se deteriorar.
Aprecio silenciosamente a poeira caindo sobre os móveis do meu quarto.
Vejo as cordas do meu violão enferrujarem lentamente.
O tempo vira figurante,a partir do momento em que eu começo a ignorá lo.
Nenhuma música nova.
Nenhuma inspiração.
Começa a ser difícil falar sobre amor,
sabendo tão pouco sobre ele.
A dúvida de estar ou não preparada,
me fazem surpresa nesses dias.
E se eu começar a falar,corro o risco de ser julgada.
E não me vem nenhuma paciência para iniciar nenhuma discussão.
O engraçado não me cumprimenta e a tristeza não vem me visitar.
Logo,nada pra sorrir ou chorar.
Como eu odeio esses adoráveis dias normalmente chatos e sem graça alguma.
Carol.

sábado, 13 de novembro de 2010

O que te faz continuar?


O que geralmente você faz quando as pessoas ao seu redor tentam te impedir de realizar o seu sonho?Ou melhor,elas te impõem um sonho que não é seu.Elas tentam de tudo para não te ver trilhar o caminho que você tanto deseja.
O que você faz?
Desiste de sonhar?De tentar?De seguir em frente?Acaba cedendo e aceita ser o que não é?
Se sim...
Receio em te dizer,mas você é um fraco.Você será mais uma pessoa no meio de um bilhão.Você será inútil para si mesmo.E o pior de tudo é que você nem vai perceber se isso acontecer,ou quando perceber será tarde demais.Ai talvez seja irreversível.
Na verdade eu ainda estou aqui firme e forte.Aguentando e dizendo todos os dias a mim mesma que dará tudo certo.
Mas se algum dia eu 'pensar' em pensar em desistir,em não mais acreditar,eu quero poder ler isso de novo.E ver a pessoa fraca,sem sal, sem essência que eu me tornei.E voltar a sonhar,com os ouvidos tapados para as vozes que me insistem em parar.
Porque eu sei o que me faz continuar.E você?

Carol.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mas heim?


Depois de um final de semana com tardes exaustivas devido a maratona do ENEM,pude deitar na cama e perceber que meus pensamentos não reinariam por muito tempo sob o meu sono,mas antes dele tomar conta de mim,eu me deparei com um mar de dúvidas.
Será que eu conseguirei nota suficiente para entrar na minha faculdade desejada?E se eu cursar letras ao invés de turismo?
Será que existe mesmo uma sociedade secreta mundial que comanda o governo?E se o mundo por acaso terminar mesmo em 2012?E será mesmo verdade as reportagens que a gente vê na TV?E se tudo não passar de cena?
Será que os meus olhos vêem o mesmo que o seu?
E se nossos sonhos forem parte de uma outra vida real?Uma outra dimensão?
E se todas as pessoas ao meu redor fizerem parte de um imenso compro contra mim?Tipo naquele filme, "o show de trumam"?
E se a banda que eu mais amo da qual eu faço parte nunca for suficientemente ouvida?
Será?
Mas e se...?
Perguntas e mais perguntas
Algumas delas eu nem consigo mais maquiar com respostas que me confortam.

Talvez seja verdade que são as perguntas que movem o mundo

Mas o fato é que o meu já está congestionado por tantas delas.


Carol.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Palavras de um Coração Partido





"Lembro me de quando o sangue
Passava por mim fervendo

De quando eu acelerava espontâneamente
Quando o corpo ao qual eu pertenço
Se aproximava do seu
Eu ficava incontrolavelmente feliz (risos)

Agora? Já nem sei se eu bato mais
Se ainda bato
A frequência dos meus batimentos são sempre as mesmas
Que passam por mim despercebidamente
O sangue que antes era quente ,agora é frio
Sempre passa por mim causando incômodo

Eu sempre desconfiei da boca
Sempre soube que um dia ela me trairia
Malditas palavras foram aquelas
Que me partiram ao meio

Agora só os olhos me entendem
Ultimamente, temos trabalhados juntos
Ele fala por mim através do seu dom esquisito
De expelir água

Quando vou me curar?
Voltar ao normal
O tempo prometeu me ajudar
Tolice minha...
Eu nem mesmo percebo ele passar.

Um abraço do meu,do seu,do nosso pobre coração"




Carol.

sábado, 30 de outubro de 2010

sOuTH


Já faz alguns dias que eu não escrevo nada.
As minhas noites não tem sido assaltadas por qualquer tipo de memórias devido o sono e o cansaço que tem me dominado.
Não tenho pensado em nada ,apenas descansando a mente.Evitando de pensar nas preocupações,deixei todas no Rio de Janeiro,e to tentando curtir ao máximo a viagem ao Rio Grande do Sul.
Gente como é lindo aqui,pra ser mais especifica, a serra gaúcha(Gramado),e se é que eles( a Gauchada) me permitem...aqui é "tri legal"!
Eu e minha família pegamos o carro e atravessamos o trópico de capricórnio,em direção ao sul do Brasil.A quase um dia de distância da nossa saudosa casinha,em busca de descanso,lazer,conhecimentos e historias para contar.Pode crer, muitas historias!
Vocês acreditam que mesmo com mapa,GPS(depois da viagem eu juro que mato a mulher que fica falando dentro dele) e todas as placas ao longo das rodovias a gente conseguiu se perder no trânsito louco de SP?Isso resultou em mais 1 horas de viagem a mais,e acreditem que isso é o bastante para quem já não aguenta mais ver estrada.Mas mesmo com o cansaço,a dor de coluna do meu pai(tadinho),neblina nas serras,frio e chuva ...Foi maravilhoso!
Agora é enfrentar a volta!(dá preguiça só de pensar)
Acreditem que na próxima viagem distante como essa, iremos pensar bastantes entre a opção de ir de carro e embarcar numa aventura cansativa e com belas vistas ou em uma viagem rápida e sem aventura nenhuma de um avião.

Carol.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


Realmente,aquela não era a minha noite de maior sono.
Liguei a TV mas a minha irmã me repriendeu,alegando que tinha prova no dia seguinte.
O calor começou a me incomodar,então tirei a coberta e os mosquitos começaram a me picar.
Ah que legal!
Ainda estava perdendo uma hora da minha noite com o meu não bem vindo horário de verão.

Daí, me lembrei de quando eu era criança e tinha uns pesadelos traumatizantes.Arrepiada com a lembrança do não bem vindo sonho e com o escuro que fazia no quarto,só não acendia a luz para não acordar a minha irmã,atravessava o corredor e ia em direção ao quarto dos meus pais.Acordava a minha mãe com um cutucão no pé(que até hoje ela odeia quando eu faço isso)e pedia para dormir ali.Ela nem precisava me perguntar por que.Talvez por causa do rosto que eu carregava comigo,que já dizia que a minha mente mais uma vez havia me traído com maus sonhos.
Não tenho costume de ter demonstrações afetivas com os meus pais, devido a frieza humana que me consome.Mas naquela época eu sabia que pra fazer passar o efeito pós pesadelo nada como o braço de alguém especial ao seu redor te dizendo que aquilo não foi real.
Mas como eu já mencionei aqui a diferente criatura que sem querer a gente se torna quando cresce,a coisa agora é diferente,e eu nem preciso mais acordar meus pais pra me enfiar na cama deles.Basta eu me convencer que nada era verdade,que foi apenas um sonho e bastava eu acordar pra ver que não era real.
Medo do escuro?Não mais.
Agora eu sei que as luzes não precisam estarem apagadas para se sentir na escuridão.

Carol.

sábado, 16 de outubro de 2010

Era apenas mais uma vida vazia.

Ela era ninguém
Mas não havia alguém no mundo como ela
Não era pra tanto.
Era a rebeldia em pessoa.
Mas se você olhasse bem
poderia ver que era mansa também.
Criatura inexplicável essa.
Se perdia em sua confusão.
Sua mãe um dia lhe disse que seus protestos eram em vão.
Pois nada fazia.
Apenas reclamava pelo os cantos de uma vida vazia.
Queria viajar o mundo
Mas se contentou apenas com o seu quarto
Aliás,
Fazia dele sua prisão.
Sonhava tanto que se esquecia de pisar no chão.
Começou a ficar na cama noite e dia.
Agora já acostumada com a escuridão,
Nem se importava se amanhecia.
Foi vencida pelo o medo.
Tinha outra ideia do que era vida.
Amor?
Não sabia o que significava. Não mais
Passou a colocar culpa na humanidade capitalista
Ou em qualquer outro alguém sem coração
Queria ter nascido em Júpiter, Saturno, Plutão
Qualquer outro planeta
Menos compartilhar esse
Cheio de historias de guerras
Ela queria muito
Mas não lutou por nada
Sem amor
Sem esperança
Sem salvação

Morreu por nada e sem nada.

Carol.

domingo, 10 de outubro de 2010

O que me faz tudo ter sentido.


Ai ai....A música.Como essa palavra de 3 silabas tem um significado tão rico e mágico não só na minha vida, mas aposto que na sua também.
Hoje, aproveitando que a minha banda teve um ensaio produtivo e harmonioso,fiquei pensando a respeito desse divino dom que foi distribuído a alguns aqui na terra.
Confesso que descrever e definir o que é Musica é difícil pra mim.Mas vou tentar...é mais ou menos assim....



É ouvir e fazer ser ouvido
É de fazer chorar mesmo se o coração já tiver esquecido
É se rebelar junto a riffs pesados e alternados
É se apaixonar com dedilhados bem tocados
É nunca se sentir sozinho tendo um violão por perto
É ter constante paixão
É sorrir em meio a uma depressão
Quando ouve a sua melodia favorito tocar
Num rádio ou numa televisão
É como ter algo pra se apoiar
Mesmo não tendo ninguém por perto
É a voz de Deus te dizendo para continuar
É tão bom quanto amar
É dizer o que sente
Sutilmente
É esquecer da vida
Fazer uma viagem sem sair do lugar
É deixar o coração falar
É um abraço quente num frio de matar
Me faz sonhar
Uma melhor amiga
Com quem eu sempre posso contar.

Carol.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ai ai...Mas que mania é essa?


Uma certa noite,deitada na rede da varanda ,aproveitando o frio, que pra nós cariocas é novidade.Fiquei me perguntando se havia eu me arrependido de ter feito ou não alguma coisa.
De primeira vez,lembrei de um bando de coisas que poderia haver arrependimento.
Tipo,não ter me dedicado mais aos meus estudos no Ensino Médio,com quem eu dei meu primeiro beijo,de não ter dito o que eu estava sentindo para alguém,ou ter dito em excesso,de não ter valorizado certas pessoas que mereciam e de ter valorizado outras que não deviam...de não ter aproveitado o máximo do máximo cada minuto de "ontem".
Depois de um tempo eu pensei."Como assim?Se eu me arrependi?". Isso me fez pensar na palavra arrependimento, e eu dei o meu significado a ela.
'Arrependimento é você tentando justificar por meios de acontecimentos passados e imutáveis toda a sua frustração de hoje.'

Tá?!

Bem...eu não sou uma pessoa frustrada.Eu sou o que eu tinha que ser.O que eu quero dizer é que as coisas acontecem como tinham que acontecer e se arrepender pra que?(Ih até rimou).Então reformulei a minha pergunta.E comecei...Eu poderia ter mudado alguma coisa dentre as coisas que eu fiz? (que mania a nossa de nomear de "coisa" coisas que a gente não consegue definir.Será quantas vezes a gente usa essa bendita palavra?Ops..lá vai eu mudando de assunto)
Poderia sim ter mudado tantas coisas.Mas essa não é questão.A questão é que a gente tem uma outra das nossas várias manias chatas em se apegar em questões passadas,querendo mudá las,ai sem perceber o presente PUF!!! Já virou passado e você também não pode mudá lo.Ai viramos jovens carecas,com cabelos brancos e rugas(nada contra heim...)sabe por que?
Porque CARAMBA! A gente deixa de viver!
Ocupamos todo o nosso "agora" nos arrependendo tanto do "ontem" e nos preparando tanto para o "amanha".
Precisamos de menos tempo olhando para o relógio e menos ainda nos perguntando "e se..."

Precisamos todos de terapia.

Carol.

sábado, 2 de outubro de 2010

Fantasmas urbanos.


Numa noite fria entrei no meu quarto aconchegante,deitei na minha cama com a cabeça no meu travesseiro macio e puxei a minha quente mantinha quadriculada.Fiz minhas orações e fui esperar o sono chegar.Até que sem querer me lembrei de uma cena numa manhã chuvosa,por volta das sete da manhã.Eu estava saindo da estação do metrô na Cinelândia,centrão do Rio de Janeiro.Por estar sem guarda chuva pus o capuz do casaco na minha cabeça e apertei o passo.

Até que eu me deparei com uma cena que infelizmente não é mais nenhuma novidade nesse mundo.
Uma mulher abraçada a um nenem e um casal de crianças(com mais de 5 e menos de 10 anos).Todos os quatro deitados sobre papelões húmidos.Estavam cobertos com alguma coisa parecido com uma manta,mas encardida e rasgada.
A mulher estava acordada,as crianças ainda dormindo.Todos eles estavam encolhidos.O menino estava com os braços dentro da blusa,talvez, por uma tentativa de se aquecer.Todos magros e sujos.A cena passou como estivessem em câmera lenta, ou na real, eu haveria diminuído os meus passos sem me importar com alguns pingões de chuva de graça.
Não dava para julgar se eram bonitos ou feios.
Mas quem se importa?
Ou pelo menos quantos se importam?
A gente passa por tantos desses,jogados em esquinas,nas praças,nas calçadas,mas nem nos damos conta da presença deles.
Diz se é mentira que a gente passa com pressa,tão egoistamente pensando em nós mesmos,em nossos tolos problemas ,que nem ao menos percebemos que eles estão ali.
Morrendo de frio e fome.Cansados de serem FANTASMAS de uma SOCIEDADE NARCISISTA.

E agora eu em minha cama quente,com a barriga cheia,me sinto egoísta sabendo que nesse momento tem gente encolhida em alguma calçada,com fome,querendo apenas ser olhada,ser percebida,ajudada.
Nem mesmo lembro de agradecer a Deus todos os dias pelo o teto,pelo o alimento, pela a família,amigos...e lá vai.
Vamos continuar ai jogando comida fora,enquanto tem gente que no lixo procura o que comer?Vamos continuar APENAS sempre reclamando de toda a merda existente nesse mundo?(Juro que eu quero parar de reclamar e fazer mais)
Até quando continuar achando normal?continuar achando que não é nossa culpa e por isso não temos o direito de nos preocuparmos?até quando daremos as costas e ,culpando políticos(quase sempre tão sem utilidades.Mas esse é outro assunto)?
Até quando faremos deles fantasmas urbanos?
Até quando o mundo continuara afundando em um mar de hipocrisia e falta de amor?

Falta de amor...

Carol.

domingo, 26 de setembro de 2010

Uma Viagem.


Com fone nos ouvidos,tocando o álbum Collide do Skillet,por volta de uma e meia da manhã.

Já estava sentindo as minha pálpebras pesadas o suficiente para dizer que o sono me dominaria em alguns breves minutos.

Devagar ,a realidade foi me deixando,meu quarto escuro foi substituído por um cómodo vazio e muito claro.Era difícil por causa da luz conseguir abrir os olhos.

Eu levantei confusa,percebi que os fones estavam grudados em meu ouvido e o MP3 ainda na minha mão,então tirei os fones,mas a música permanecia.Era algum tipo de trilha sonora ambulante.

A única coisa que tinha em minha volta além do nada branco era uma porta velha.

"Abre ou não?"pensei.É claro que eu abriria.Puxei algum tipo de maçaneta e a porta foi empurrada para o cômodo com o vento que vinha de fora.

Lá fora era frio e feio,algumas casas desabadas,alguns barracos e muros pixados.Até que vi algumas pessoas sujas e feias.Estranhamente faziam par perfeito com o ambiente.

Reparei num grupo de crianças cheirando algum tipo de coisa que eu não podia diferenciar e outras se alimentavam do que encontravam no lixo.

Quando elas se deram conta da minha presença ,começaram a correr atrás de mim.Meu coração martelava rápido debaixo da roupa, e minhas pernas me forçaram a correr.Enquanto eu corria,a paisagem foi mudando ,de feia para bonita.

Eu agora estava entrando em um tipo de palácio.Pinturas de ouro e belos quadros e tapetes decoravam o local.Pessoas bonitas,homens de terno e gravata estavam reunido em volta de uma espécie de janela,e ali, eles riam e zombavam do que viam.Um homem numa cruz,pessoas morrendo em corredores de hospitais,escolas sendo incendiadas e algumas imagem aleatórias, como dinheiro,armas,carrões e casarões.Os mesmos olhares duros e sem vida me encontraram e de novo eu comecei a fugir. Pulei de algum lugar.Comecei a cair.

A queda se finalizou em gramas altas e verdes.Havia uma casa,fui até ela e espiei pela a janela.Havia uma mulher morta no chão.Quando cheguei na porta da frente que estava aberta,uma garotinha veio correndo ao meu encontro,eu não corri dela.Não dela.Ela jogou os seus braços em volta da minha cintura e afundou sua cabeça em meu abdomem.Pena e raiva passaram por mim.

Quando eu olhei por cima da cabeça dela,havia um homem sujo de sangue com uma arma na mão.

Joguei ela por de traz de mim.

O barulho do disparo.

Um grito interrompido.

Meu peito queimava e eu perdia o fôlego...


...Acordei.
Carol

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Por que mesmo eu queria fazer 18?

Hoje,quando eu estava preparando o jantar,não me lembro por que motivo,(mas quem se importa com o motivo?)assim como muitos outros dias da minha vida,eu me peguei presa a lembranças de quando eu era pequena(tá eu sei que quem me conhece vai pensar naquela infeliz piadinha: "você ainda é").
Fiquei relembrando do sorriso de um dos meus melhores amigos,sorrindo sem culpa alguma.Lembrei que naquela época eu podia sair correndo pela a rua ou pelo o pátio da igreja sem ninguém ficar me olhando com aquela cara pensando "quantos anos ela tem?" ou "que ridícula.Nunca cresce"
Naquela época eu era livre e não sabia...
Mas,o cheiro da massa de panqueca torrando na frigideira interrompeu as minha memórias...




Como eu sou uma pessoa que deita na cama e adormece facilmente( mentira) eu deixei pra pensar um pouco antes de dormir.Antes das minha orações e dos meus sonhos ás vezes bizarros.
Sabe?Ás vezes eu acho que adultos não sonham mais.Pelo menos não como as crianças.
Adultos de vez enquando mentem para si mesmo só para não se expor ou então para não se darem ao trabalho de mexer no que eles já se acostumaram.Há até aqueles que guardam mágoas,que relembram palavras tolas ditas há anos.Tem uns que deixaram o tempo tratar de por uma venda em seus olhos,tonando os cegos suficiente para não ver a solução de probleminhas idiotas.Adultos se contentam e não estão nem ai se vai demorar ou não .Crianças NÃO.Crianças são intensas.Não se acomodam e não sabem esperar.Não fazem da sua vida um tédio ambulante.
E aqui estou eu ,já ou apenas com 19 anos de idade,nem tão adolescente =/,muitos menos criança,mas não me sinto tão adulta.Não quero e nem preciso me sentir.Ninguém precisa ser tão adulto assim.
E porque mesmo eu queria fazer DEZOITO ANOS DE IDADE?Eu era mesmo bem ingênuazinha.Não via o mundo como ele realmente é.Achava que eu teria uma suposta liberdade como pessoa."Dó de mim.Pudera eu saber que já era livre?"Mas não sabia.
Hoje eu não sei porque eu queria tanto fazer dezoito anos.As respostas de ontem são nada comparando as responsabilidades e os rótulos que me atribuem hoje.
Escolho então viver!Sem o medo e as respostas de um adulto,mas com as "certezas incertas" e as perguntas de uma criança.

Carol.