"Então se arrisque mais,viva o que tem que viver,deixe o sol entrar e sorrir pra você"
Um Novo Eu

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

E o que é real?

Preciso de um lugar seguro pra ir
Com alguém que me ponha pra dormir
Naqueles dias que a gente sente
Que ninguém nos entende
E não querem nem saber

Cada um tem o seu lugar eu sei
Mas parece que eu ainda não me encontrei
Brincar de ser criança
Só mais uma vez

É certo que o tempo vem
E as incertezas com ele também
Parece tudo fora do lugar
Sua imaginação parece ser melhor
Do que sua vida real.
E o que é real?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

UmNovoEu

Um Post para a minha banda...




"Agora eu sei
Que tudo o que passei
Me fez crescer
Como eu não pude ver
Pessoas que se vão
Mas não saem do seu coração
Palavras que voce não diz
Ah, como eu me arrependi..."
UmNovoEu

sábado, 15 de outubro de 2011


Não, eu não gosto da Mona Lisa, não gosto do ar dela, da confusão dela, da falta de presença dela no quadro(por mais que o quadro seja ela), não gosto da pintura, me desculpe O Mestre o Leonard da Vinci. Mas eu não gosto e não consigo gostar.
Mas o fato é que coloquei ela pra ser a imagem do meu novo post...
Talvez entendam porque.

Quando o choro chega ele avisa, o sorriso não.
Ambos são involuntários, ambos podem ser falsos,
Mas o sorriso não se pode esconder.
O choro sim.
O sorriso cansa a boca, e os olhos
O choro limpa os olhos
Mas cansa a alma.
O sorriso é compartilhado
Ele encanta
O choro...
Quem chora prefere chorar escondido
É feio.
Pois ninguém se encanta com olhos vermelhos.

terça-feira, 21 de junho de 2011


Não é nada.
...Mas é que tudo parece estar tão distante ás vezes.
Em questões de segundos aquela sensação maravilhosa de pura segurança se transforma numa sombra de incerteza.
Enquanto todos estão tomando um rumo de verdade, eu ainda estou tentando inventar um caminho, ainda estou perdida,tentando achar alguma brecha no passado pra poder me reinventar.
Ainda estou vivendo mais no meu mundo dentro, nos meus sonhos, do que pensando num futuro de verdade, sabe...Aquele que meu pai sempre me cobra.
Encontrando sempre conforto num ser inanimado(pelo menos para algumas pessoas) do que em outro alguém.Enquanto a isso não me importo.
que ponto se chega.
Escondendo o meu vicio de mim mesmo.
É estranho olhar de novo e que tudo continua ainda tão mal resolvido...Mal entendido.
Mal vivido talvez.

sábado, 4 de junho de 2011


Junho mais uma vez chegou.Não da maneira esperada, mas chegou.
Trouxe com ele a tristeza dos filhos que perderam o seu pai.
Choro de uma família inteira após perder mais que um irmão, um amigo.
Saudades de pessoas que além de uma amigo perderam um irmão.
Mal começou, e já parece ter trago tanta solidão.
Em pensar que em alguns dias atrás, eu reclamava por já estar fazendo 20 anos em Junho,o mesmo hoje, me deu uma lição.
Tudo que eu sinceramente desejo é o olhar de Deus e o conforto sobre a família que ficou.
Que aos poucos as lágrimas possam dar lugar a belos sorrisos
Que a tristeza ceda lugar a alegria
E que sem muito esforço a esperança possa novamente fazer morada em seus corações.

Dedicado a Dirceu Costa(1964-2011)
Amigo dos meus pais,Pai dos meus amigos.


sábado, 21 de maio de 2011

Mais um sem título.


Mais um dia acordou
A estação já estava cheia,mais um dia faria sua viagem em pé no trem
O sol ainda estava tímido,o escuro ainda era presente

Mais um dia,um trabalho novo,mas apenas mais um deles
Diferente do que vivia ,seus sonhos eram reais
Mais desejados,mais intensos,mais bem elaborados
Do que a própria realidade

Mas todo dia que acordava precisava olhar se no espelho e se dá conta
Do que era realidade

Nas viagens de volta
Enquanto cabeças caiam e olhos dos desconhecidos ao seu lado se fechavam
Fazia de tudo para manter os seus abertos
A diferença é que mesmo com eles abertos
Os mantinham fechado
Por muito tempo

A pergunta?
Era por quanto tempo se fez inconsciente
Tentando ser a mais descente
A mais crente, até mesmo consciente
De tudo a sua volta
Se perguntando sobre o que ainda não desmoronou.

sábado, 23 de abril de 2011

Não é preciso ler isso!


Sinceramente
?

Desisto de tentar entender alguma façanha humana ligada ao sentimento.
Desisto de tentar me entender e entender meus vizinhos.
É verdade que pessoas tem me cansado ultimamente,não sei se essa é a frase certa a se usar,mas é a que me cabe hoje.Talvez (certamente) amanhã não.
Quando eu penso que está tudo bem,aparece frases ditas pelas os seres que você mais ama e você vê que está tudo na mesma ainda.
Tentar entender a vida é um saco.Perda de tempo.E não que eu não soubesse disso.
Sabe quando você sabe e sente que está no caminho certo, mas do nada você se vê de frente para duvidas e pensa superficialmente que está tudo errado de novo?Essa duvida filha da P* faz desmoronar toda a sua certeza.
Pessoas e suas teorias,suas certezas absurdamente incertas,suas cabeças duras e seus sentimentos alterados.
Pessoas e suas manias de usar uma piada só para não soar como verdade, mas que soa mesmo assim.Suas manias de fazer você parecer para si mesmo uma pessoa chata,perversa e chata(merece essa palavra de novo).Mania de aprisionar,dedurar,apontar,julgar e cobrar!
E o pior de tudo com a sua mania de sempre falar que não fez por mau.Eu sei que não.Ninguém é tão mau para fazer nada por mau.Mas não deixam de ser "pessoas" e pra mim hoje,pessoas já nascem más(a questão é que umas além de serem,fazem o mau).
Na verdade já me perdi nos meus pensamentos.E não quero mais escrever............

quarta-feira, 23 de março de 2011

'Sem título'


O passado chegou
Veio pelas fotos
Vídeos
Musicas
Recordações bem guardadas
Escritas
Cantadas
Sorrisos lembrados
Imitados
Por muitas vezes escondidos
Mas sempre mantidos

Aquela adolescencia
Passou
Noites não dormidas
Farras
Lembranças de um dia qualquer
Passado com aqueles que hoje já não fazem mais tanta presença como antes
Mas ainda são mantidos bem no fundo da alma

Palavras gritadas
Mas na verdade nunca pronunciadas
Saudade
Verdade que a saudade
Ainda mexe com o interior
De quem nunca desapegou
Ao passado que um dia tanto amou.

Carol.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dias memoráveis.

Adicionar imagemHoje (se as minhas contas estiverem certas) estou vivendo o meu 7.175 º dia.(E eu nem sei como se diz o Ordinal disso).
Parece ser bastante, pelo menos pra mim...
Eu não lembro de como todos esses dias foram exatamente.
Uns marcam,outros apenas passam,outros acidentalmente passam...
A maioria deles passam por despercebido.
São poucos aqueles que realmente me deixaram eternas memórias comparando a todos os dias que eu já vivi.
É engraçado e me deixa com raiva de como dias especiais passam rápido,e a gente só percebe que ele realmente foi especial quando ele já passou,pelo menos eu só percebo que ele foi realmente um dia memorável quando estou na cama relembrando de momentos especiais...
Não temos o poder de descobrir se o dia que virá será mais um daqueles Grandes Dias.
Uma das palavras que mais mexe comigo é a "Amanhã".
Minha mãe diz que desde pequena eu infernizo ela com a seguinte perguntinha:" O que iremos fazer amanhã?"
Eu sempre me ocupei fazendo planos para o dia seguinte,mesmo sabendo que eu não tenho o controle absoluto dele.
É uma pena,mas é assim que funciona.Eles apenas vêem e só podemos concluir se foi bom ou não quando eles passam.

Ps:Talvez a foto não tenha nada haver com o post ,mas eu não achei a oportunidade.

Carol.

terça-feira, 1 de março de 2011

E o prêmio vai para..


Bom,o Oscar me trouxe inspiração para escrever um pouco sobre uma coisa que todos nós almejamos: Reconhecimento.
Se você prepara um prato delicioso e diferente, espera que alguém te elogio por isso,da mesma forma se você escolhe algo impecável para se vestir.
É lógico que ganhar um Oscar é uma coisa gigantestica .
Fico imaginando o que passa na cabeça dos premiados enquanto eles procuram palavras para fazer um discurso perfeito(Que nunca realmente encontram) e seguram a estátuazinha com as mãos tremendo ,deve passar por suas cabeças todas as dificuldades que tiveram para subir até aquele palco,para chegar até aquela magnifica noite.
Porque para muitos que alcançaram o sucesso eu tenho certeza que a palavra "fácil" passou longe por um bom tempo.
No meu pequeno senso de vida eu creio que todo ser-humano procura ser reconhecido,e creio também que ser reconhecido é diferente de ser conhecido,até porque qualquer pessoa pode se tornar banalmente conhecida ,mas reconhecido apenas aqueles que criam algo novo,que fazem o que amam e mostram isso.
O reconhecimento é o combustível que move o artista.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Solitude



Eu sei
Mas não vale mesmo a pena você ficar presa a esse quarto escuro
Eu sei
Mas tente se levantar
Eu sei
Mas pelo menos olhe pela a janela
A Lua está tão bonita para deixar de ser apreciada
Eu sei
Mas não deixe que seu sorriso morra para sempre
Eu sei
Que voce precisa pensar e que precisa desse tempo
Mas não deixe que a solitude dure tanto tempo assim.



Carol.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ela tinha um sonho.Ela tem um sonho.
Ela faz de tudo por ele e não se sem realiza lo.
Mas sempre que ela faz alguma coisa pra mudar a condição de não fazer nada ela se machuca
Tudo se torna cada vez mais difícil,mais distante
Suas tentativas só abrem feridas em seu coração
Já pediu a Deus para tirar essa ideia de seu coração se não valesse a pena
Mas Ele ainda diz para ela continuar
Dentro de seu coração acende sempre uma luz quando ela pensa em como será quando ela vencer
Um sorriso sempre aparece,mesmo sem querer.
Fazendo que as lágrimas inúteis que foram derramadas sejam apenas lágrimas
Fazendo com que todos os empecilhos sejam apenas para torná lo mais desejado.

Carol.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ode aos 40 º


Acordei ás 9 e alguma coisa da manhã.
Não que eu já estivesse sem sono, mas estava quente demais para continuar na cama.
A água quente que saia da torneira bateu em meu rosto e eu fiz uma careta involuntariamente.

É época de férias,imagina se não fosse?Quem aguentaria estudar o verão inteiro?Pobre trabalhadores,que trabalham nessa época.
Não dá simplesmente vontade de fazer coisa alguma,até ficar deitada no sofá é sufocante.Mas os berros da minha mãe mandando eu fazer alguma coisa bastava para eu levantar daquele sofá quente.
Pra piorar,é horário de verão.Que não ajuda a hora passar.

Muito mais Sol e menos Lua.

Sinceramente, não vejo graça nisso.
É claro que o verão também tem a sua parte boa,ou seja, quando você está numa piscina ou numa praia,tomando sorvete ou afins.

Mas cadê a poesia disso?Cadê o sol que vem pra te esquentar do frio?

Carol.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A real realidade


Creio eu que conforme a idade vai se avançando os nossos olhos para o mundo real vai se abrindo.
A realidade vai ficando mais "real",mais clara, e mais odiosa como nunca.
Quando eu era criança lembro que tudo o que eu queria eram brinquedos e perturbar meus pais chorando pra lá e pra cá.Eu estava muito contente com qualquer brinquedo barato que fosse novo,e eu estava realmente triste se eu não ganhasse aquele brinquedo que todas crianças tinham.Ganhar roupas intimas e roupas comuns nos meus aniversários, era o fim.
Conforme eu fui crescendo ,as circunstâncias foram mostrando as dificuldades e as chatices do mundo real.
Quando a gente entra na adolescência ,fica toda aquele pequena tristezinha e saudade de quando éramos criança(é claro que tem aqueles que já nascem querendo ser adolescente ...)
Depois quando a gente passa dos 18 anos fica aquela grande saudade inacabável da adolescência.
Me passa toda aquela doce nostalgia quando eu pego uma foto de mim e de mais duas amigonas no auge dos meus 16 anos *-* (Lá vai eu de novo falando da minha inconformada entrada na juventude).
Mas eu não estou aqui pra contar mais uma vez de como eu sinto saudade de uns 3 anos atrás,mas sim como a realidade é mais pesada e difícil de se lidar a cada ano que se passa.
Quando eu era criança eu achava que pra fazer qualquer curso, era só querer, e agora eu vejo que além de querer você tem que ter...ter bastante dinheiro para investir.
Achava também que todos os meus amigos durariam para o resto da minha vida.
Eu pensava que tanta coisa era tão fácil,mas só percebi que não era quando o tempo e a própria vida foram desembaçando os meus olhos.
É tanta coisa que a gente absolve vendo os noticiários, tanta noticia ruim que a gente só se liga quando vai ficando mais velho.Nem lembro que ficava preocupada com as noticias ruins nos jornais quando era mais nova.
Eu ainda tenho muita realidade para descobrir, ainda tem muita coisa que possa me derrubar,ainda tem muita coisa pra estudar, pra conhecer,pra contar.Muita coisa pra desafiar,pra se levantar, pra se dizer bem alto "Não desisto não!".
Por mais que já achamos que que sabemos o que realmente é,estamos errados.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Esperança sob escombros





Eu tenho certeza de que você nesses últimos dias já sentou no sofá e assistiu as tristes cenas nos noticiários.
Os carros amassados aparecem incrivelmente em cima dos muros e a vegetação desce morro a baixo invadindo ruas e construções.
O que antes era uma rua asfaltada virou uma espécie de rio com correntezas assustadoras.

Corpos cobertos com sacos pretos no meio de algum lugar que improvisaram para reconhecimento dos mesmos.
Os números de mortos crescem a cada hora.
Os jornalistas tentam vencer o choro.Tentam ser durões o máximo que podem ao entrevistar alguém consumido pela a dor.
Os nossos verdadeiros heróis,chamados de bombeiros,com a ajuda de moradores solidários acabam sendo vitimas e encerram suas vidas tentando resgatar outras.
Por apenas alguns minutos de reportagens podemos ver dor o suficiente por um dia,ver o choro de quem chora por alguém que nunca vai voltar.
Ainda com tanta tristeza a gente ainda tem motivo para se alegrar ao ver as cenas em que moradores resgatam seus vizinhos,em que um menino lindo de 6 meses é passado de mão em mão depois de ser resgatados de baixo de escombros com o seu pai.

Dedico este espaço em meu blog a todos que foram vitimas diretas(aqueles que perderam parentes,amigos ou qualquer outro bem material e moradores da região) ou indiretamente (aqueles que se comoveram com as noticias)dessa catástrofe na bela região serrana do Rio.

Mesmo que pareça impossível, mas que a esperança possa voltar a existir dentro de vocês.
Que Deus olhe para todos.

Com carinho,Carol.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Apenas uma parte



(...)

-É incrível não é?-Camila perguntou fazendo menção ao incrível vale, a grande extensão de terra, e vastas plantações de pinheiros que estava a nossa frente. Parecia um quadro. Mas era de verdade.

-Que sortuda você é!Morar numa casa que tem essa visão. -Caio disse.

-É lindo. -Eu pronunciei baixinho e devagar.

-Eu sempre venho aqui, desde pequena, sempre me faz sentir tão bem. É tudo tão pequeno daqui, mesmo você sabendo que tudo isso, são vários e vários metros maiores do que você. Eu me sinto grande. Logo, os meus problemas ficavam pequenos. Pra vocês seria estranho eu dizer que eu consigo sentir Deus especialmente aqui?

-Não seria estranho nem um pouco!-Eu disse sorrindo.

-Aqui é onde eu me encontro, onde eu me recupero.

-Muito obrigado por nos mostrar. -Caio agradeceu.

-De nada. Eu não queria simplesmente dizer “adeus” ou “um dia venham nos visitar”... Ou qualquer outra frase de despedida. Antes eu tinha que fazer vocês acreditarem que vocês realmente foram especiais para mim.

-A gente que agradece nunca uma pessoa que não me conhece foi tão boa pra mim. -Caio disse abraçando ela.

Eles ficaram olhando pra mim, esperando o meu abraço também, mas eu nem olhei para eles, não fazia questão de ver a cena, não queria me despedir. Fixei meus olhos no vale. A brisa fria me arrepiava,eu queria tanto o meu casaco agora.

-Duda!O que houve?-Camila disse cutucando o meu braço.

-Nada, eu acho melhor voltarmos. Você não pode se atrasar para a sua Lua de Mel. -Eu menti. A verdade é que eu não queria sair dali, eu queria poder parar aquele momento, queria abraçá-la também, mas não era forte o suficiente para fazer isso sem chorar, eu é que não queria dizer adeus, ou ficar na incerteza se um dia realmente nós iríamos nos ver de novo.

-Tudo bem. -Ela disse colocando a sua sandália e se levantando juntamente com o Caio. Ambos desconfiados do meu não sentimentalismo.

Alguns segundos, alguns passos e lá estava o agora marido de Camila e o meu tio conversando no mesmo lugar que nós os deixamos,esperando por nós.

-Está tudo bem?-Gustavo disse pegando a mão de Camila.

Ela balançou a cabeça dizendo que estava. Ela olhou para mim e eu desviei o olhar.

-Onde vocês vão passar a Lua de Mel?-Tio Marcos perguntou.

-Surpresa!-Gustavo disse rindo.

-Isso não é justo!Eu tenho que saber. -Ela deu um soco no braço dele.

-Vocês vão acabar se atrasando!-Dona Leia disse perto do carro, que levaria eles para o aeroporto.

-Bom, foi um imenso prazer!Fiquem com Deus guris - Gustavo se despediu de nós passando a mão em nossas cabeças, bagunçando o cabelo do Caio e apertou a mão do meu tio.

-Mais uma vez muito obrigada!E tenham uma ótima Lua de Mel. -Tio Marcos os desejava.

-Até logo. Boa viagem. -Caio disse.

Eu tentava não encarar o fato que eles estavam indo embora encarando as cadeiras brancas vazias no quintal. Eu tentava segurar o choro.

Os dois começaram a andar. Eu fechei os meus olhos.

-Hey!Mas que menina mal educada. Não vai mesmo se despedir de mim?Não vai nem me desejar uma boa Lua de Mel?Eu não mereço nenhum abraço?-Camila voltou para me fazer as perguntas que para todas elas eu queria dizer não. Mas eu estava mentindo para mim mesma. Definitivamente eu não era mal educada, eu só não sabia me despedir. Eu fiquei parada, e logo, logo as lágrimas me traíram. Eu estava chorando.

(...)

Mais?Baixe o livro(no qual eu escrevi) "Uma Nova Estrada".

Carol.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um Rico Garoto




O garoto arriscava seu inglês tentando vender seus quadros para turistas no calçadão de São Conrado(RJ).
Era um dia quente ,os turistas procuravam desesperadamente por água nos quiosques.Céu azul refletia na água, deixando o mar numa cor linda azulada.Uma linda vista contemplava também quem se arriscava nas asas deltas em cima de nós.

-Excuse me, would you like...
O garoto me confundiu com turistas ao vir me vender os quadros.

-Não sou turista não.-Eu disse rindo para ele, tentando ser simpática, retribuindo a mesma voz que ele me abordou.-To só treinando para ser guia.

Dali surgiu um dos melhores papos da semana.Ele se sentou ao meu lado no banco de concreto de frente para o mar, me mostrou os quadros simpáticos com favelas pintadas nele,onde o garoto morava.
Ele era impressionante,sua maneira de falar, sua simplicidade...Falava inglês (me fez ficar envergonhada pelo o seu sotaque ser melhor que o meu)e arriscava mais 3 línguas.Me disse que tinha conseguido uma bolsa para estudar em uma das melhores escolas de idiomas.Que apenas nas férias e finais de semana vinha para a praia vender os quadros pintados pelo o seu pai, para não atrapalhar seus estudos.Cheio de sonhos e força de vontade,ele estava me provava que as pessoas conseguem ser aquilo que elas querem ser.
Me encheu de alegria quando ele disse que o que ele queria ser quando crescer era Guia de Turismo.E é claro que ele será.
No auge dos seus 12 anos, bem mais sabido que eu com os meus 19.
Nos despedimos com um aperto de mão e ele me dizendo "Espero te ver novamente por aqui.Boa sorte!"

Oro por aquele garoto,para que Deus dê forças para nunca desistir de seus sonhos.Oro pela a favela da rocinha, para que assim como aquele menino outras crianças venham a seguir seu exemplo, ter seus sonhos de verdade, estudar, se esforçar para chegarem onde querem chegar,e nunca se corromperem com crimes ou drogas.
Se todas as crianças fossem como aquele garoto tenho uma "certa certeza" que daqui a uns 20 anos o mundo seria um lugar agradável para se viver.

Carol.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Apenas palavras

E eu aqui ,com os pensamentos transbordando ,mas não sabendo ao certo sobre o que eu iria escrever no primeiro dia do ano,ai eu me dei conta que já era tarde demais, afinal já tinha passado da meia noite,logo eu escrevo no segundo dia do ano.
Pensei em despejar toda a minha ansiedade descontrolada nesse texto,mas não deu certo,meus dentes ainda involuntariamente procuram meus lábios inferiores ,o que me resultará numa ferida.
Whatever.
Eu tento.Eu tento me dizer "No final,tudo vai dar certo" ou "Relaxa e deixa tudo acontecer naturalmente".
Eu tento me convencer disso e até consigo,acredito nessas frases,mas elas ainda não salvam as minhas unhas.
Eu queria escrever sobre tantas coisas hoje,queria contar de como foi o dia,o primeiro dia do ano.Queria contar dos vários sentimentos antagónicos que me percorreram,queria contar sobre o ensaio da banda,o nosso primeiro ensaio do ano.Sobre as gargalhadas com os meus primos,sobre os breve momento de lembranças passadas antes dos fogos anunciarem a chegada de mais um ano.
Mas não consigo detalhar momento algum,não com palavras,não hoje.
A tal da ansiedade bate,e não me deixa inspirada.
Não quero viver com ela,não preciso.

Carol.