"Então se arrisque mais,viva o que tem que viver,deixe o sol entrar e sorrir pra você"
Um Novo Eu

domingo, 26 de setembro de 2010

Uma Viagem.


Com fone nos ouvidos,tocando o álbum Collide do Skillet,por volta de uma e meia da manhã.

Já estava sentindo as minha pálpebras pesadas o suficiente para dizer que o sono me dominaria em alguns breves minutos.

Devagar ,a realidade foi me deixando,meu quarto escuro foi substituído por um cómodo vazio e muito claro.Era difícil por causa da luz conseguir abrir os olhos.

Eu levantei confusa,percebi que os fones estavam grudados em meu ouvido e o MP3 ainda na minha mão,então tirei os fones,mas a música permanecia.Era algum tipo de trilha sonora ambulante.

A única coisa que tinha em minha volta além do nada branco era uma porta velha.

"Abre ou não?"pensei.É claro que eu abriria.Puxei algum tipo de maçaneta e a porta foi empurrada para o cômodo com o vento que vinha de fora.

Lá fora era frio e feio,algumas casas desabadas,alguns barracos e muros pixados.Até que vi algumas pessoas sujas e feias.Estranhamente faziam par perfeito com o ambiente.

Reparei num grupo de crianças cheirando algum tipo de coisa que eu não podia diferenciar e outras se alimentavam do que encontravam no lixo.

Quando elas se deram conta da minha presença ,começaram a correr atrás de mim.Meu coração martelava rápido debaixo da roupa, e minhas pernas me forçaram a correr.Enquanto eu corria,a paisagem foi mudando ,de feia para bonita.

Eu agora estava entrando em um tipo de palácio.Pinturas de ouro e belos quadros e tapetes decoravam o local.Pessoas bonitas,homens de terno e gravata estavam reunido em volta de uma espécie de janela,e ali, eles riam e zombavam do que viam.Um homem numa cruz,pessoas morrendo em corredores de hospitais,escolas sendo incendiadas e algumas imagem aleatórias, como dinheiro,armas,carrões e casarões.Os mesmos olhares duros e sem vida me encontraram e de novo eu comecei a fugir. Pulei de algum lugar.Comecei a cair.

A queda se finalizou em gramas altas e verdes.Havia uma casa,fui até ela e espiei pela a janela.Havia uma mulher morta no chão.Quando cheguei na porta da frente que estava aberta,uma garotinha veio correndo ao meu encontro,eu não corri dela.Não dela.Ela jogou os seus braços em volta da minha cintura e afundou sua cabeça em meu abdomem.Pena e raiva passaram por mim.

Quando eu olhei por cima da cabeça dela,havia um homem sujo de sangue com uma arma na mão.

Joguei ela por de traz de mim.

O barulho do disparo.

Um grito interrompido.

Meu peito queimava e eu perdia o fôlego...


...Acordei.
Carol

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Por que mesmo eu queria fazer 18?

Hoje,quando eu estava preparando o jantar,não me lembro por que motivo,(mas quem se importa com o motivo?)assim como muitos outros dias da minha vida,eu me peguei presa a lembranças de quando eu era pequena(tá eu sei que quem me conhece vai pensar naquela infeliz piadinha: "você ainda é").
Fiquei relembrando do sorriso de um dos meus melhores amigos,sorrindo sem culpa alguma.Lembrei que naquela época eu podia sair correndo pela a rua ou pelo o pátio da igreja sem ninguém ficar me olhando com aquela cara pensando "quantos anos ela tem?" ou "que ridícula.Nunca cresce"
Naquela época eu era livre e não sabia...
Mas,o cheiro da massa de panqueca torrando na frigideira interrompeu as minha memórias...




Como eu sou uma pessoa que deita na cama e adormece facilmente( mentira) eu deixei pra pensar um pouco antes de dormir.Antes das minha orações e dos meus sonhos ás vezes bizarros.
Sabe?Ás vezes eu acho que adultos não sonham mais.Pelo menos não como as crianças.
Adultos de vez enquando mentem para si mesmo só para não se expor ou então para não se darem ao trabalho de mexer no que eles já se acostumaram.Há até aqueles que guardam mágoas,que relembram palavras tolas ditas há anos.Tem uns que deixaram o tempo tratar de por uma venda em seus olhos,tonando os cegos suficiente para não ver a solução de probleminhas idiotas.Adultos se contentam e não estão nem ai se vai demorar ou não .Crianças NÃO.Crianças são intensas.Não se acomodam e não sabem esperar.Não fazem da sua vida um tédio ambulante.
E aqui estou eu ,já ou apenas com 19 anos de idade,nem tão adolescente =/,muitos menos criança,mas não me sinto tão adulta.Não quero e nem preciso me sentir.Ninguém precisa ser tão adulto assim.
E porque mesmo eu queria fazer DEZOITO ANOS DE IDADE?Eu era mesmo bem ingênuazinha.Não via o mundo como ele realmente é.Achava que eu teria uma suposta liberdade como pessoa."Dó de mim.Pudera eu saber que já era livre?"Mas não sabia.
Hoje eu não sei porque eu queria tanto fazer dezoito anos.As respostas de ontem são nada comparando as responsabilidades e os rótulos que me atribuem hoje.
Escolho então viver!Sem o medo e as respostas de um adulto,mas com as "certezas incertas" e as perguntas de uma criança.

Carol.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ao amanhecer...


De manhã ,quando o sol me acordar,vou apagar tudo o que ontem me fez pensar em parar,em não continuar.
E se hoje o dia não foi bom,outros melhores eu sei que virão.Eu só não posso parar,eu sou não posso duvidar.EU VOU CONTINUAR.
Mesmo que os problemas tirem o meu chão,mesmo que o mundo me diga que não,eu vou superar, eu vou aguentar...
O que me diz que eu vivo é tudo aquilo que me desafia a vencer,eu recupero as minhas forças a cada novo amanhecer,junto a você.


Carol.

Já que o sono não vem...

Quem nunca ficou horas na cama tentando dormir,mas nada do sono vir?
Vira a cabeça pra lá,deita de bruço,de barriga pra cima,põe o travesseiro cobrindo a cabeça,tenta ouvir uma música suave,mas o sono não vem por nada.
Ai finalmente você se rende aos seus pensamentos que lutam por esse espaço de tempo.Lutam para tirar o seu sono.

Lembranças vão e vem.Certas noites elas até te fazem sorrir e outras te fazem apenas encharcar o travesseiro.

Invejo o meu primo de 3 anos de idade ao ver a facilidade de como ele dorme rápido.

Bom...talvez você não seja diferente de mim,e também se deixa vencer por memórias que roubam algumas horas de algumas noites de sono.

Então,resolvi traduzir e compartilhar alguns pensamentos que rolam soltos em minha mente enquanto essas horas são roubadas sem querer por mim mesmo.

Carol.