"Então se arrisque mais,viva o que tem que viver,deixe o sol entrar e sorrir pra você"
Um Novo Eu

sábado, 30 de outubro de 2010

sOuTH


Já faz alguns dias que eu não escrevo nada.
As minhas noites não tem sido assaltadas por qualquer tipo de memórias devido o sono e o cansaço que tem me dominado.
Não tenho pensado em nada ,apenas descansando a mente.Evitando de pensar nas preocupações,deixei todas no Rio de Janeiro,e to tentando curtir ao máximo a viagem ao Rio Grande do Sul.
Gente como é lindo aqui,pra ser mais especifica, a serra gaúcha(Gramado),e se é que eles( a Gauchada) me permitem...aqui é "tri legal"!
Eu e minha família pegamos o carro e atravessamos o trópico de capricórnio,em direção ao sul do Brasil.A quase um dia de distância da nossa saudosa casinha,em busca de descanso,lazer,conhecimentos e historias para contar.Pode crer, muitas historias!
Vocês acreditam que mesmo com mapa,GPS(depois da viagem eu juro que mato a mulher que fica falando dentro dele) e todas as placas ao longo das rodovias a gente conseguiu se perder no trânsito louco de SP?Isso resultou em mais 1 horas de viagem a mais,e acreditem que isso é o bastante para quem já não aguenta mais ver estrada.Mas mesmo com o cansaço,a dor de coluna do meu pai(tadinho),neblina nas serras,frio e chuva ...Foi maravilhoso!
Agora é enfrentar a volta!(dá preguiça só de pensar)
Acreditem que na próxima viagem distante como essa, iremos pensar bastantes entre a opção de ir de carro e embarcar numa aventura cansativa e com belas vistas ou em uma viagem rápida e sem aventura nenhuma de um avião.

Carol.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


Realmente,aquela não era a minha noite de maior sono.
Liguei a TV mas a minha irmã me repriendeu,alegando que tinha prova no dia seguinte.
O calor começou a me incomodar,então tirei a coberta e os mosquitos começaram a me picar.
Ah que legal!
Ainda estava perdendo uma hora da minha noite com o meu não bem vindo horário de verão.

Daí, me lembrei de quando eu era criança e tinha uns pesadelos traumatizantes.Arrepiada com a lembrança do não bem vindo sonho e com o escuro que fazia no quarto,só não acendia a luz para não acordar a minha irmã,atravessava o corredor e ia em direção ao quarto dos meus pais.Acordava a minha mãe com um cutucão no pé(que até hoje ela odeia quando eu faço isso)e pedia para dormir ali.Ela nem precisava me perguntar por que.Talvez por causa do rosto que eu carregava comigo,que já dizia que a minha mente mais uma vez havia me traído com maus sonhos.
Não tenho costume de ter demonstrações afetivas com os meus pais, devido a frieza humana que me consome.Mas naquela época eu sabia que pra fazer passar o efeito pós pesadelo nada como o braço de alguém especial ao seu redor te dizendo que aquilo não foi real.
Mas como eu já mencionei aqui a diferente criatura que sem querer a gente se torna quando cresce,a coisa agora é diferente,e eu nem preciso mais acordar meus pais pra me enfiar na cama deles.Basta eu me convencer que nada era verdade,que foi apenas um sonho e bastava eu acordar pra ver que não era real.
Medo do escuro?Não mais.
Agora eu sei que as luzes não precisam estarem apagadas para se sentir na escuridão.

Carol.

sábado, 16 de outubro de 2010

Era apenas mais uma vida vazia.

Ela era ninguém
Mas não havia alguém no mundo como ela
Não era pra tanto.
Era a rebeldia em pessoa.
Mas se você olhasse bem
poderia ver que era mansa também.
Criatura inexplicável essa.
Se perdia em sua confusão.
Sua mãe um dia lhe disse que seus protestos eram em vão.
Pois nada fazia.
Apenas reclamava pelo os cantos de uma vida vazia.
Queria viajar o mundo
Mas se contentou apenas com o seu quarto
Aliás,
Fazia dele sua prisão.
Sonhava tanto que se esquecia de pisar no chão.
Começou a ficar na cama noite e dia.
Agora já acostumada com a escuridão,
Nem se importava se amanhecia.
Foi vencida pelo o medo.
Tinha outra ideia do que era vida.
Amor?
Não sabia o que significava. Não mais
Passou a colocar culpa na humanidade capitalista
Ou em qualquer outro alguém sem coração
Queria ter nascido em Júpiter, Saturno, Plutão
Qualquer outro planeta
Menos compartilhar esse
Cheio de historias de guerras
Ela queria muito
Mas não lutou por nada
Sem amor
Sem esperança
Sem salvação

Morreu por nada e sem nada.

Carol.

domingo, 10 de outubro de 2010

O que me faz tudo ter sentido.


Ai ai....A música.Como essa palavra de 3 silabas tem um significado tão rico e mágico não só na minha vida, mas aposto que na sua também.
Hoje, aproveitando que a minha banda teve um ensaio produtivo e harmonioso,fiquei pensando a respeito desse divino dom que foi distribuído a alguns aqui na terra.
Confesso que descrever e definir o que é Musica é difícil pra mim.Mas vou tentar...é mais ou menos assim....



É ouvir e fazer ser ouvido
É de fazer chorar mesmo se o coração já tiver esquecido
É se rebelar junto a riffs pesados e alternados
É se apaixonar com dedilhados bem tocados
É nunca se sentir sozinho tendo um violão por perto
É ter constante paixão
É sorrir em meio a uma depressão
Quando ouve a sua melodia favorito tocar
Num rádio ou numa televisão
É como ter algo pra se apoiar
Mesmo não tendo ninguém por perto
É a voz de Deus te dizendo para continuar
É tão bom quanto amar
É dizer o que sente
Sutilmente
É esquecer da vida
Fazer uma viagem sem sair do lugar
É deixar o coração falar
É um abraço quente num frio de matar
Me faz sonhar
Uma melhor amiga
Com quem eu sempre posso contar.

Carol.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ai ai...Mas que mania é essa?


Uma certa noite,deitada na rede da varanda ,aproveitando o frio, que pra nós cariocas é novidade.Fiquei me perguntando se havia eu me arrependido de ter feito ou não alguma coisa.
De primeira vez,lembrei de um bando de coisas que poderia haver arrependimento.
Tipo,não ter me dedicado mais aos meus estudos no Ensino Médio,com quem eu dei meu primeiro beijo,de não ter dito o que eu estava sentindo para alguém,ou ter dito em excesso,de não ter valorizado certas pessoas que mereciam e de ter valorizado outras que não deviam...de não ter aproveitado o máximo do máximo cada minuto de "ontem".
Depois de um tempo eu pensei."Como assim?Se eu me arrependi?". Isso me fez pensar na palavra arrependimento, e eu dei o meu significado a ela.
'Arrependimento é você tentando justificar por meios de acontecimentos passados e imutáveis toda a sua frustração de hoje.'

Tá?!

Bem...eu não sou uma pessoa frustrada.Eu sou o que eu tinha que ser.O que eu quero dizer é que as coisas acontecem como tinham que acontecer e se arrepender pra que?(Ih até rimou).Então reformulei a minha pergunta.E comecei...Eu poderia ter mudado alguma coisa dentre as coisas que eu fiz? (que mania a nossa de nomear de "coisa" coisas que a gente não consegue definir.Será quantas vezes a gente usa essa bendita palavra?Ops..lá vai eu mudando de assunto)
Poderia sim ter mudado tantas coisas.Mas essa não é questão.A questão é que a gente tem uma outra das nossas várias manias chatas em se apegar em questões passadas,querendo mudá las,ai sem perceber o presente PUF!!! Já virou passado e você também não pode mudá lo.Ai viramos jovens carecas,com cabelos brancos e rugas(nada contra heim...)sabe por que?
Porque CARAMBA! A gente deixa de viver!
Ocupamos todo o nosso "agora" nos arrependendo tanto do "ontem" e nos preparando tanto para o "amanha".
Precisamos de menos tempo olhando para o relógio e menos ainda nos perguntando "e se..."

Precisamos todos de terapia.

Carol.

sábado, 2 de outubro de 2010

Fantasmas urbanos.


Numa noite fria entrei no meu quarto aconchegante,deitei na minha cama com a cabeça no meu travesseiro macio e puxei a minha quente mantinha quadriculada.Fiz minhas orações e fui esperar o sono chegar.Até que sem querer me lembrei de uma cena numa manhã chuvosa,por volta das sete da manhã.Eu estava saindo da estação do metrô na Cinelândia,centrão do Rio de Janeiro.Por estar sem guarda chuva pus o capuz do casaco na minha cabeça e apertei o passo.

Até que eu me deparei com uma cena que infelizmente não é mais nenhuma novidade nesse mundo.
Uma mulher abraçada a um nenem e um casal de crianças(com mais de 5 e menos de 10 anos).Todos os quatro deitados sobre papelões húmidos.Estavam cobertos com alguma coisa parecido com uma manta,mas encardida e rasgada.
A mulher estava acordada,as crianças ainda dormindo.Todos eles estavam encolhidos.O menino estava com os braços dentro da blusa,talvez, por uma tentativa de se aquecer.Todos magros e sujos.A cena passou como estivessem em câmera lenta, ou na real, eu haveria diminuído os meus passos sem me importar com alguns pingões de chuva de graça.
Não dava para julgar se eram bonitos ou feios.
Mas quem se importa?
Ou pelo menos quantos se importam?
A gente passa por tantos desses,jogados em esquinas,nas praças,nas calçadas,mas nem nos damos conta da presença deles.
Diz se é mentira que a gente passa com pressa,tão egoistamente pensando em nós mesmos,em nossos tolos problemas ,que nem ao menos percebemos que eles estão ali.
Morrendo de frio e fome.Cansados de serem FANTASMAS de uma SOCIEDADE NARCISISTA.

E agora eu em minha cama quente,com a barriga cheia,me sinto egoísta sabendo que nesse momento tem gente encolhida em alguma calçada,com fome,querendo apenas ser olhada,ser percebida,ajudada.
Nem mesmo lembro de agradecer a Deus todos os dias pelo o teto,pelo o alimento, pela a família,amigos...e lá vai.
Vamos continuar ai jogando comida fora,enquanto tem gente que no lixo procura o que comer?Vamos continuar APENAS sempre reclamando de toda a merda existente nesse mundo?(Juro que eu quero parar de reclamar e fazer mais)
Até quando continuar achando normal?continuar achando que não é nossa culpa e por isso não temos o direito de nos preocuparmos?até quando daremos as costas e ,culpando políticos(quase sempre tão sem utilidades.Mas esse é outro assunto)?
Até quando faremos deles fantasmas urbanos?
Até quando o mundo continuara afundando em um mar de hipocrisia e falta de amor?

Falta de amor...

Carol.